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Marielle Franco: A Voz que Ecoa!
Photo Credit To DIVULGAÇÃO

Marielle Franco: A Voz que Ecoa!

Nota do Editor

  • “Mesmo que voltem as costas
  • Às minhas palavras de fogo
  • Não pararei de gritar
  • Não pararei
  • Não pararei de gritar!”
  • Trecho do Poema Protesto,
  • Carlos de Assumpção

Na quarta-feira do dia 14 de março de 2018, o país foi tomado por tristeza e por medo, o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista do carro Anderson Pedro Gomes quando retornavam do evento “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, provocou grande comoção nos brasileiros e refletiu os tempos de intolerância que estamos vivendo. O carro que percorreu o trajeto entre a Lapa e a zona norte do Rio de Janeiro foi atingido por nove tiros, matando de maneira covarde, a vereadora e o motorista.

Em tempos de crise de representatividade e descrença nos políticos, Marielle, vereadora em exercício, contrariou as expectativas com uma votação expressiva de mais de 46 mil votos, na eleição de 2016. Socióloga de formação e mestre em Administração Pública pela UFF (Universidade Federal Fluminense) representava suas raízes enquanto mulher negra e sua comunidade, oriunda do Complexo da Maré.

FOTO: DIVULGAÇÃO

Engajou-se na militância dos direitos humanos e na luta contra a violência da população negra, contra o genocídio negro no Brasil, depois que perdeu uma amiga, vítima de uma bala perdida na Maré.  Violência, chachinas, abusos de poder, tiroteio, sua voz gritava as denúncias, infelizmente, ligadas a rotina do noticiário de segurança pública.

Manifestação em homenagem à vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco e ao motorista Anderson Gomes, na Avenida Paulista. Foto: Yuri Salvador,  Fotos Públicas

Entre seus projetos promoveu dias, conscientizações e medidas socioeducativas em defesa das minorias, propôs creche noturna gratuita para beneficiar mães que estudam e trabalham à noite, trabalhou contra o assédio e a violência sexual entre outras ações.

Em 28/02/2018, a vereadora Marielle Franco nomeada relatora da Comissão a vereadora começa a acompanhar a intervenção no Rio de Janeiro. No dia 10/03, sem medo de soltar suas palavras de fogo em uma rede social questiona a respeito da guerra entre Estado, polícia e tráfico: “Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?

Uma líder nata que sabia o risco do seu protagonismo inteligente e onde poderia chegar, no entanto não temeu e com sua coragem enfrentou e lutou por seus ideais e por quem representava.  Sua morte prematura, a de Anderson e de tantas outras vítimas da violência no Brasil, refletem a expressão de uma sociedade em crise e da administração do Estado. Marielle Franco sabia que era preciso gritar para que a escutassem, e por isso não parou, é por isso que mesmo executada aos 38 anos,  sua voz continua ecoando!

Formada em Letras (Bacharel e Licenciatura) pela Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara. É também professora de literatura e Gramática da Contexto - Cursos Preparatórios e Idiomas.

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