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Resultado inesperado do SISU: estão sobrando vagas para estudar nas federais

De uns anos pra cá, os meios de admissão ao ensino superior têm mudado bastante. O vestibular deixou de ser a única maneira de conseguir uma vaga e o ENEM passou a ter um peso cada vez maior ao surgir o SISU, possibilitando que estudantes concorram a vagas por todo o território nacional.

Um resultado inusitado dessa mudança é que algumas federais têm ficado com cadeiras vazias, mesmo nos cursos mais disputados. Na UFV (Universidade Federal de Viçosa), por exemplo, o curso de Medicina tem 25% das vagas ociosas.

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Mobilidade entre Instituições

federal-ufmgUm dos motivos para que isso aconteça é a demora no processo de seleção. No caso da UFV, os alunos optam pela universidade num primeiro momento, mas como a UFMG, tem duas entradas no ano, quem é aprovado na segunda entrada acaba decidindo trocar de instituição, o que poderia ser evitado se as inscrições da primeira e segunda entradas fossem feitas logo no início do ano.

No ceará, a situação é parecida: “Há alunos que são chamados por outras universidades e desistem após pouco tempo.”, diz Yacy Mendonça de Almeida, coordenadora do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará, a UFC. “E ainda tem aqueles que, depois de meses, conseguem transferência para outras universidades.”

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REUNI

reuniO Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, REUNI, que tem por objetivo dar suporte ao desenvolvimento de instituições de ensino superior públicas, também tem sua parcela de responsabilidade nesse processo, ao favorecer o surgimento de vagas sem uma pesquisa de demanda dos cursos adequada.

federal-unifeiAs metas de crescimento também influenciaram, como conta Thiago Clé de Oliveira, pró-reitor adjunto de Graduação da Universidade Federal de Itajubá: “Tínhamos a obrigação de cumprir algumas metas do Reuni. Foram novos cursos, prédios, laboratórios. Pediram para ampliar, agora vem essa crise e não temos recurso”.

Cerca de 10% das vagas estão ociosas na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto). “Estamos tentando reduzir a quantidade vagas ociosas. Com o Reuni, a universidade dobrou de tamanho”, diz o pró-reitor de Graduação, Marcílio Sousa da Rocha Freitas”.

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Soluções

federal-uelPara evitar o desperdício de recursos e fazer com que essas vagas venham a ser preenchidas, algumas medidas podem ser tomadas, como feito pela UEL (Universidade Estadual de Londrina), que abriu parte das vagas para que estudantes já graduados possam fazer uma segunda graduação, sem precisar passar pelos processos seletivos da instituição.

Na UFOP, uma alteração nas regras para a transferência entre cursos ajudou a diminuir o número de cadeiras vazias. A instituição tem suas entradas divididas em três áreas de conhecimento: ciências exatas e tecnológicas, ciências humanas e sociais aplicadas e ciências da vida. Antes a havia a possibilidade em mudar de curso, desde que estivessem numa mesma área de aprendizado. Isso fazia com que candidatos se matriculassem em cursos com uma nota de corte menor e, posteriormente, pedissem transferência para cursos mais concorridos. Um estudante de Turismo, por exemplo, poderia solicitar trocar seu curso para Direito. As vagas eram disponibilizadas primeiro para os alunos da universidade e depois para concorrência externa.

Hoje, cada curso tem autonomia para decidir a porcentagem de vagas para alunos já matriculados e para seleção externa.

FONTE: Blog do Quero Bolsa

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