A verticalização é a construção de prédios em áreas onde antes existiam bairros industriais, casas, e terrenos vazios. É uma das características do desenvolvimento e crescimento urbano, e traz impactos para os bairros e antigos hábitos dos cidadãos. O debate sobre a verticalização dos bairros é intenso, e normalmente, promove discussões acaloradas entre os que são a favor e os que são contra o crescimento para cima.
De um lado, estão aqueles preocupados com o efeito da verticalização no patrimônio cultural das cidades. Para esse grupo, a manutenção das características de cada bairro é fundamental para a preservação da história e cultura.
Outro ponto destacado pelos que são contra a verticalização é a falta de planejamento, que não considera características básicas do local onde o prédio será construído. Um exemplo disso é a construção de prédios altos que fazem sombra na praia, como pode ser observado em Copacabana.
Do outro lado, os que são a favor da verticalização, veem o crescimento como um processo natural. Um dos principais argumentos do grupo é que a concentração de um maior número de pessoas em um mesmo lugar favorece a distribuição de serviços públicos e privados. Os meios de transporte público, por exemplo, poderiam ser inseridos nos locais onde há maior concentração de pessoas.
Planejamento urbano é fundamental
Para Hernane Genu, da Genuine Imóveis, imobiliária no Rio de Janeiro, a verticalização é um processo sem volta, e todas as grandes cidades do mundo passam por isso. “Acredito que o crescimento depende da verticalização. É um processo natural, do desenvolvimento urbano”, afirma Hernane, que também acredita ser fundamental a participação da prefeitura, para desenvolver um planejamento urbano adequado aos bairros.
Um bom exemplo de planejamento urbano são os bairros Recreio dos Bandeirantes e Jardim Oceânico. Os dois têm características similares, com a prevalência de construções de até 3 andares e regiões destinadas aos prédios mais altos.
Texto cedido por Rafaela Mattos.
