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Brasil: Ascensão do Crime Organizado

Brasil: Ascensão do Crime Organizado

O PCC foi criado por um grupo de presos em 31 de agosto de 1993 na Casa de Custódia de Taubaté — pouco menos de um ano depois do massacre do Carandiru. Os principais objetivos da facção eram combater os maus tratos no sistema prisional e evitar novos massacres como o de 1992.

Coloque a super lotação, agressões, extorsão, tortura, acrescente a revolta e um sistema prisional falido que serve como universidade para calouros adentrarem ao crime organizado.

Pronto a receita deu certo, hoje o “Primeiro Comando Da Capital”, tem uma estrutura de causar inveja as organizações mafiosas mais famosas e temidas do mundo.

O poder público no Brasil ignorou durante anos a existência de um poder paralelo dentro e fora das penitenciárias, e o reflexo desta omissão é observado hoje, com a ascensão diária da facção.

A estratégia para este fenômeno negativo é simples, a facção se aproveita da situação de extrema pobreza nos bairros periféricos e do caos no sistema prisional do Brasil, e desta maneira esta conseguindo um crescimento estrondoso em diversos estados do país.

A partir de sua fundação em 1993, o PCC também passou a acumular forças para tentar pressionar o Estado, por meio de violência e de ameaças, para obter melhores condições de vida e até regalias para os presos. Porém, os governos paulistas jamais admitiram ter negociado com o PCC.

A facção também expandiu suas ações para fora dos presídios. Passou a controlar parte do tráfico de drogas em São Paulo, fazer parcerias com facções de outros Estados, alugar armas para ações criminosas e até assumiu o controle de rotas internacionais de entrada de entorpecentes no país.

Estendendo seu domínio por quase todo sistema carcerário, o PCC passou a controlar as atividades ilícitas realizadas dentro e fora da prisão. Além disso, a organização se apresenta como provedora de bens e serviços básicos para alguns presos e suas famílias. Simultaneamente, o PCC se impôs como instância reguladora e mediadora das relações sociais na prisão, exercendo o papel de árbitro e determinando as decisões nas mais diversas formas de conflitos sociais, além de participar direta ou indiretamente da gestão das unidades prisionais, escolhendo presos para ocupar os poucos postos de trabalhos existentes ou intercedendo junto aos diretores nos casos de abuso de poder por parte dos funcionários.

Enquanto o aparato de repressão passa vergonha, o PCC está mais organizado que nunca. Documentos de uma investigação da Polícia Federal e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Piracicaba, interior de São Paulo, ligado ao Ministério Público, mostram um alto nível de hierarquização da quadrilha que tem acentuado as dificuldades de monitoramento.

A estrutura organizacional do PCC chama a atenção pelo seu estatuto, a contabilidade e a capilaridade nos demais estados e até no exterior. A clareza de propósitos da quadrilha começa pela última atualização de seu código de conduta. O documento com 18 artigos mostra que seus integrantes vivem especificamente da prática de crimes, especialmente o tráfico de drogas(apelidado de progresso), ignoram as leis brasileiras e o Judiciário, tratam as polícias como inimigas e suas ações servem como referência para o mundo do crime.

O organograma do PCC lembra aquele de uma empresa. Em formato piramidal, as principais lideranças ocupam os postos conhecidos como “sintonias”. A cabeça da organização é chefiada pela Sintonia Fina Geral, composta de sentenciados considerados fundadores da organização criminosa, e pelo líder máximo, Marcos Willian Herbas Camacho, o Marcola.

Não existe nada definido como estratégia para combater este problema, que só cresce a cada dia, o primeiro passo para tentar resolver um problema é reconhecer realisticamente e sem rodeios o seu tamanho e a sua gravidade. É o que se tem de fazer com o PCC, que da prova de sua força e sua audácia. Combatê-lo com a eficiência que se espera, muito maior que a demonstrada até agora, é uma tarefa difícil e longa. E que é preciso iniciar logo.

Enquanto as autoridades estiverem omissas e despreocupadas, o crime organizado vai crescer, a política de combate as drogas foi por água a baixo, o governo e órgãos de segurança tem o dever e obrigação de planejar e executar uma nova maneira de combate ao crime organizado, mais fiscalização nas fronteiras, assistência e maior observação nos bairros periféricos, e fortalecer as campanhas de repudio ao financiamento do crime, que consistem em praticas de pequenos delitos e uso de drogas.

A população clama por uma atitude enérgica da segurança publica, para combater este sério problema que vem trazendo insegurança e medo a população do país.

Jornalista & Cronista. Apaixonado pela arte da comunicação, crítico e analítico por natureza.

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