
A poeta indiana Rupi Kaur recusou o convite da presidência dos Estados Unidos para participar da celebração do evento Diwali na Casa Branca, ao lado da vice-presidente norte-americana, Kamala Harris. Kaur, uma autora bestseller com mais de 10 milhões de livros vendidos, anunciou sua decisão por meio de sua conta no Twitter, onde compartilhou uma carta explicando os motivos por trás de sua recusa.
A celebração de Diwali, que será realizada na Casa Branca no dia 8 de novembro, é uma das festividades mais importantes para os povos do sudeste asiático. Também conhecido como o Festival das Luzes, Diwali celebra a vitória da luz sobre a escuridão, simbolizando esperança e renovação espiritual. Durante a celebração, velas e lâmpadas de óleo são acesas, casas são decoradas, e as famílias se reúnem para compartilhar refeições e trocar presentes.
No entanto, Rupi Kaur, em sua carta pública, expressou seu repúdio ao apoio dos Estados Unidos aos bombardeios à Faixa de Gaza perpetuados por Israel. A poeta destacou o veto da diplomacia de Joe Biden no Conselho de Segurança da ONU a um cessar-fogo humanitário, e mencionou os mais de 10 mil palestinos mortos por Israel desde o início da guerra à Gaza, chamando a campanha de “atrocidade contra os palestinos”.
Na carta, Kaur deixou claro que não permitirá que sua imagem seja usada para limpar as ações da administração Biden. Ela enfatizou seu compromisso em não participar de um evento realizado por uma administração que apoia violações dos direitos humanos e contribui para a tragédia em Gaza.
A recusa de Rupi Kaur em participar do evento na Casa Branca é mais um episódio que demonstra o isolamento de Israel e do ocidente frente ao Sul-Global e ressalta a importância de questionar o papel dos Estados Unidos e de outras nações na resolução de conflitos internacionais. Sua decisão também joga luz sobre como eventos festivos de celebração podem estar politicamente carregados em um cenário global de tensão e medo.