Depois da resiliência de Lula, atestada em boletins médicos assinados pelos melhores profissionais e especialistas do mundo, pega mal me queixar de dores provocadas por artroses, do custo de vida, de não ter uma Janja ou não conhecer Paula Oliveira ou Gisele Bundchen. Pega mal compará-lo a Mandela, mas poucos chegaram tão longe em suas reiteradas decisões ora acertadas, ora criticadas.
Deveria botar minha viola no saco e parar de espiar os desfiles da Avenida Paulista aos domingos, do Ibirapuera a qualquer dia, da Cracolândia quando vou aos concertos da Osep e dos baixos do Minhocào a qualquer hora.
Lula ainda não viu o desfile dos sem teto outrora restrito ao centro de São Paulo e agora também nos bairros. Quando ele aportou por aqui foi direto para o litoral onde podia pelo mrnos curtir a praia. Quem sabe teria sido melhor ter ficado na Feira de Caruaru, Toritama ou Santa Cruz de Capibaribe, em Pernambuco mesmo, que hoje disputam com o bairro do Brás, de São Paulo, os melhores preços de roupas ou bugigangas.
Mas não. Se tivesse ficado no agreste pernambucano não estaria apertando a mão de Vladimir Putin, Joe Biden, Emmanuel Macron, Javier Milei, Xi Jinping, etc.
Aqui pra nós: nunca apertei a mão do prefeito de Gravatâ, onde nasci em 1937, padre Joselito Gomes. Em compensação, pra não me desvalorizar, cumprimentei pessoalmente Fidel Castro, Ernesto Che Guevera, Maria Thereza Goulart, Dom Helder Câmara e Miguel Arraes de Alencar, rntre outros.
Nada se compara à resiliência deste conterrâneo ilustre, cujos méritos demorei a reconhecer.
Não o chamo de Mandela de Garanhuns pra não ofender os historiadores. Mas tiro o chapéu.