O papiloma vírus humano, conhecido pela sigla HPV, é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais comuns, afetando a todos indistintamente. Quem não tem HPV, provavelmente um dia terá. A diferença é que em alguns casos a doença pode evoluir para câncer. Entre as mulheres, a maior incidência é o de colo de útero, e entre os homens o HPV pode causar câncer de pênis.
A Organização Mundial de Saúde, OMS, estima que existam cerca de 630 milhões de pessoas em todo mundo infectadas pela doença. No Brasil, são registrados todo ano aproximadamente 20 mil casos de câncer com origem no HPV, dos quais um quinto faz vítimas fatais.
A medicina já catalogou mais de 100 modalidades de HPV. O sintoma mais comum é o aparecimento de verrugas, que podem aparecer em diversas partes do corpo. Quando surgem na região adjacente aos órgãos genitais, são contraídas exclusivamente por relações sexuais. As que aparecem em outras partes, como mãos e pés, necessariamente são contraídas de outras formas.
Existe vacina contra o HPV?
De acordo com o urologista Paulo Salustiano, cuja clínica de urologia em Ipanema recebe regularmente pacientes homens com HPV “a vacina já está disponível, em parte da rede pública e na particular. Uma vez vacinado, a pessoa estará imunizada contra os tipos principais da doença, que causam verrugas genitais ou que podem causar câncer.”
Embora homens apresentem alto índice de exposição à infecções por HPV, as mulheres são as pacientes que mais demandam cuidados, já que nelas as chances de desenvolver câncer de colo de útero causado pelo Papilomavírus são grandes. Por isso, especialistas recomendam a realização regularmente do exame papanicolaou, para detectar possíveis alterações nas células do colo do útero.
Outro fato que reforça a importância de se fazer o exame é que geralmente não há sintomas de HPV, principalmente em mulheres, e os que podem ser percebidos podem indicar a presença de outras doenças.