Hoje em dia, qualquer um se acha no direito de filmar algum acontecimento e narrar, de maneira despreparada, para posterior postagem em algum blog perdido na floresta encantada da carochinha.
Diante disto, fui surpreendido com a seguinte afirmação: “Hoje, todos podem filmar algo, o Jornalismo já não é tão necessário.”
Digo que isso é utopia de gente perversa, agora, que qualquer pessoa possuindo um celular, pode “informar” instantaneamente o que quiser, e pior, da forma que desejar.
Diante dessa derrotada modernista (coisas insignificantes são captadas por câmeras diariamente), o que me alegra é ver que os conteúdos divulgados pelos “novos boateiros” (respeito minha classe, defendo e não aceito chamar quem gera boato de jornalista) são de péssima qualidade e muito vazio de informações.
Vejo que o Jornalismo de verdade é tão importante e necessário como nunca antes, nesse século doentio.
Hoje, ele não só tem a responsabilidade de divulgar informações/notícias, mas possui a missão de desmentir boatos que a classe Selfie lança rapidamente, sem responsabilidade, nas redes sociais.
A frase dita diretamente a mim, machucou, porque gosto muito do que faço e também por que ouvir algo assim, na fase em que os profissionais da área passam, dói.
Odeio o que muitos médicos carniceiros e corruptos fazem por aí, mas nunca seria capaz de dizer que um deles não SEJA necessário (mesmo que a maioria realmente não tenha grande valor).
Uma pena saber que quem me dirigiu esta afirmação, guia-se pelo Jornal Nacional e reproduz como um papagaio as falácias da maioria. O jornalismo continua. O que acabou foi o falso jornalismo (um lado positivo, causado pelos boateiros de plantão).
Ao Jornalismo de verdade, resta a função de reverter as mentiras da internet, fabricando assim, um conteúdo melhor e que vá além de pequenas filmagens.