A esterilização masculina definitiva mais segura e eficiente é a vasectomia, que consiste no corte e amarração dos canais deferentes, por onde passam os espermatozoides que vão dos testículos até serem expelidos pelo pênis. Trata-se de um procedimento cirúrgico, e, como tal, irreversível, já que antes de sua realização o homem, juntamente com sua companheira, passam por criteriosa avaliação pelo médico urologista. São levados em consideração a faixa etária, quantos filhos o homem já tem e outras eventuais motivações. De qualquer forma, é preciso muita segurança e orientação profissional ao optar pela esterilização definitiva.
Desta forma, não faria sentido tentar a reversão do procedimento, já que só podem ser submetidos à vasectomia homens que apresentam perfil totalmente adequado à sua realização. Como forma de garantir que o homem possa voltar a ter filhos no futuro, um recurso que pode ser utilizado é a criopreservação de sêmen, com duração indeterminada.
O urologista Paulo Salustiano, em sua clínica de urologia em Ipanema, dá outras razões para a irreversibilidade da vasectomia “o fator que mais influencia relativo à cirurgia de vasovasostomia (reversão da vasectomia) é o tempo decorrido desde a interrupção dos ductos deferentes. Quanto mais tempo vasectomizado, mínimas ou nulas serão as chances de recanalização. O arrependimento é algo raro em homens vasectomizados, já que normalmente a decisão pela reversão é motivada ou por perda de um filho ou porque o homem se separou e quer filhos com uma nova companheira”.
Inseminação artificial é uma alternativa para homens que querem voltar a ter filhos
Uma possibilidade de voltar a ser fértil para homens vasectomizados é a retirada dos espermatozoides diretamente dos testículos, para inseminação direto no útero feminino. A reprodução assistida é uma opção, inclusive, para casais enfrentando dificuldades para ter filhos devido a problemas como disfunção erétil, ejaculação retrógrada ou baixa contagem de espermatozoides.