por Diego Sávio Donato
A luta pela igualdade na distribuição de ônibus escolares representa um grande desafio para uma sociedade alienada e segregacionista como a brasileira, pois enxergam o que separa, mas não o que une os membros. Nesse contexto, os fatores que apresentam-se como entraves são, não só a omissão governamental, mas também a desigualdade no âmbito social. Nesse viés, faz-se imprescindível que haja ações entre o Ministério da Educação com o Ministério da Cidadania, para que criem orientações apresentando as principais decorrências que progridem esse cenário no território nacional.
Deve-se atentar, primeiramente, à falha de consistência na omissão governamental presente na questão. Consoante à Constituição Federal de 1988 no artigo VI, o qual afirma que o transporte escolar é um direito do cidadão, assim, é necessário que essa prática seja garantida, pois isso não vem ocorrendo. Nota-se, que perante a evolução no corpo social ainda há falta de ônibus de ensino e que há uma concentração elevada de motoristas entrando em greve, haja vista que não recebem salários fixos, além de uma fração significativa não ter estrutura básica para manter os alunos em dia no colégio e por isso perdem semanas de provas, sendo assim, torna-se crucial um suporte de uma estrutura sólida e eficaz. Desse modo, esses obstáculos devem ser superados de imediato para que uma comunidade integrada seja alcançada.
Ademais, vale ressaltar a necessidade de métodos para mitigar a desigualdade no âmbito social. De acordo com a ONU-Organização das Nações Unidas, a qual relata que a falta de planejamento urbano vem crescendo em uma porcentagem alarmante, isso é algo que evidencia o grande índice da população de periferias encarando as dificuldades no sistema escolar por estarem afastadas do centro da cidade, visto que estão presos na “bolha social “da inferioridade, isto é, estradas com buracos precisando de ajustes e as distâncias percorrida por longas horas. Nessa visão, é nítido captar que ambas as partes encontram-se em situação de vulnerabilidade. Dessa forma, os governantes devem investir em sua coletividade se quiserem mudar esses paradigmas.
Em suma, portanto, percebe-se que há uma dificuldade em mitigar a má distribuição de ônibus escolares no Brasil. Logo, é necessário que o Ministério da Educação junto com o Ministério da Cidadania promovam automóveis estudantis e salários fixos dos motoristas para toda sociedade, por meio de verbas governamentais e desenvolvam construções de asfalto nas estradas de áreas periféricas para facilitar o fluxo do transporte, bem como especialistas no assunto com o intuito de trazer um equilíbrio social. Assim, uma ação iniciada possibilita no presente que o território nacional não seja alienado e segregacionista.
Diego Sávio Donato, 19 anos, é aluno do curso online de redação da Escola Contexto Franca. Mora na Zona Rural de Varre-Sai (RJ) e como vestibulando tem como objetivo poder adquirir mais conhecimentos e mostrar para a população que um jovem da roça, pobre e filho de agricultores pode sim ser aprovado em Medicina na Federal e ser um grande médico no futuro com o amor de salvar vidas. “Nenhum obstáculo é tão grande se sua vontade de vencer for maior. Meu objetivo como vestibulando de medicina é poder adquirir mais conhecimentos e mostrar à população que mentalidade de um vencedor se muda com verdades diárias e não preso no ‘bolha social’ da hipocrisia. Não são só os gênios que vencem na vida, também os imperfeitos consistentes.” Ele aceitou o desafio proposto pela Contexto e pelo JornalismoColaborativo.com de fazer uma redação sobre o tema “Caminhos para promover acesso ao transporte escolar no Brasil”.