Os desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro são parte da cultura brasileira, e um verdadeiro símbolo representativo do Brasil no exterior. É um evento que já ganhou ares de superprodução, embora no começo tudo fosse diferente.
Algumas histórias são marcantes e inesquecíveis, relembra Newton Mendonça, do Camarote Lounge Folia Tropical, que colaborou com o post, selecionando alguns desses momentos que se eternizaram no carnaval Carioca.
Os primeiros desfiles
O primeiro desfile de escola de samba aconteceu em fevereiro de 1932, organizado pelo jornal Mundo Sportivo, do Jornalista Mário Filho. A Mangueira foi a primeira escola de samba a ganhar um campeonato, escolhida por um júri, que contava com o historiador e jornalista Raymundo Magalhães, pai da carnavalesca Rosa Magalhães.
A primeira competição carnavalesca contou com 23 agremiações, que contava cada uma com cerca de 100 integrantes.
Carnaval no Sambódromo
Outra inesquecível apresentação de desfile foi da Mangueira, em 1984. Na inauguração do sambódromo, a escola desfilou em ambos os sentidos na passarela do samba. Tudo aconteceu quanto os integrantes se juntaram ao público na Apoteose e seguiram no lado contrário da avenida.
Essa foi a primeira e última vez em que a Apoteose foi utilizada dentro do que imaginou seu criador, o arquiteto Oscar Niemeyer, que a desenhou para ser um lugar de evolução.
O melhor desfile de todos os tempos
Diante da qualidade dos nossos desfiles, fica difícil apontar o melhor de todos os tempos, mas há quem garanta que a Vila Isabel conseguiu esse feito em 1988, com o enredo “Kizomba, festa da raça”, que gerou grande mobilização e comoção popular
Talento e competência
Falar de grandes desfiles é lembrar de Joãozinho Trinta. Em 1989, pela Beija Flor, ao abdicar de seu luxuoso estilo, ele trouxe o lixo para o carnaval. O tema foi “Ratos e Urubus”, que falava de personagens ignorados pela rotina diária, como mendigos, escalados com grande ousadia para ser integrantes da comissão de frente.
Porém, a maior polêmica ficou por conta do Cristo Redentor coberto de sacos de lixo, depois de ter seu uso proibido pela Igreja Católica, fazendo surgir o “Cristo Mendigo”.