Ressecção transuretral da bexiga é um procedimento indicado para pacientes com câncer em fase inicial (estágio I) neste órgão. Só pode realizada se o tumor ainda for superficial e não tiver chegado às paredes ou no músculo da bexiga. Além de tratar, a ressecção também ajuda com o diagnóstico e a traçar alguma outra estratégia.
Como a ressecção transuretral de bexiga é feita?
“Aplicada a anestesia, seja ela local ou geral, o ressectoscópico é introduzido via uretra, dispensando qualquer tipo de incisão. O próximo passo é fazer uma raspagem e remoção do tumor dentro do órgão. Depois de retirado, ele é analisado através de um exame anatomopatológico”, explica o Dr. Paulo Salustiano, urologista no Rio de Janeiro, especializado no procedimento e que recebe, mensalmente, pacientes com o problema.
A técnica é muito simples, portanto, o paciente não precisará se manter internado por muito tempo. O período varia de acordo com o tamanho do tumor, podendo chegar a três dias.
O que é o exame anatomopatológico?
Segundo o urologista, “Este tipo de exame é feito no tecido retirado na ressecção, de forma macro e microscópica. Ele serve para determinar o estágio do câncer, se o tumor é maligno ou benigno, suas causas e quais seriam os melhores tratamentos”. Caso seja confirmada a superficialidade do tumor, não serão necessários mais procedimentos.
Pós-operatório
“É necessário tomar alguns cuidados especiais no pós-operatório e é bem comum que algumas reações apareçam, como sangramento ao urinar e uma pequena sensação de dor na região. Isso é normal e vai desaparecendo com o tempo. Caso persistam os sintomas, procure o seu médico”, aconselha o Dr. Salustiano.