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Quero Educação é a primeira startup brasileira na área da educação a participar da Y Combinator

Quero Educação é a primeira startup brasileira na área da educação a participar da Y Combinator

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Engenheiros do ITA querem mais brasileiros cursando o ensino superior. À esquerda Lucas Gomes, Thiago Brandão ao centro Bernardo de Pádua à direita.

quero-educacaoResponsável pelo Quero Bolsa, a Quero Educação, comunica sua aprovação na Y Combinator, sendo a primeira empresa brasileira na área da educação a participar do portfólio da Y Combinator, onde encontram-se empresas multibilionárias como a Dropbox, Stripe e Airbnb. O site QueroBolsa.com.br faz uma comparação de faculdades que disponibilizam bolsas de estudos de nível superior em todo território nacional. Atualmente são mais de 700 instituições de ensino participando desse projeto.

Em síntese, todo ano, muitas dezenas de milhares de startups de todo o mundo candidatam-se à aceleradora que aprova em média 200 empresas, beneficiando-as ao receber um apoio financeiro para adentrar em seu programa de aceleração por um período de 3 meses, no Vale do Silício. Sobre a aprovação da Quero Educação no programa, Geoff Ralsoton (partner da Y Cobinator), diz que a empresa brasileira Quero Educação apresenta um time de nível mundial, e que a sua execução no mercado tem sido extraordinária. Acrescenta ainda que apesar da crise econômica, o Brasil é o lugar ideal para iniciar uma empresa multi-bilionária e global, atendendo a necessidade de encontrar uma boa escola por um preço certo, visto que isso é tido como um problema universal.

Sobre esse tema, o cofundador da Quero, Bernardo de Pádua, cedeu uma entrevista originalmente publicada no site Tech Crunch e que traduzimos para nosso leitor a seguir:


Muito tem sido falado sobre o Brasil durante as Olimpíadas no Rio. Mas uma faceta do país que é relativamente desconhecida para os estrangeiros é como 9% da população – ou grosseiramente 17 milhões de brasileiros entre idades 25 á 19 anos – podem ter uma educação superior decente e acessível.

Se os investidores dos EUA têm algum interesse, segundo a Quero Educação, eles podem ser recompensados por isso.

Leia a seguir a entrevista da Tech Crunch com o cofundador e CEO da Quero Educação, Bernardo de Pádua:

TC: Você diz que a indústria de educação é muito diferente no Brasil do que nos EUA. Quais são as maiores diferenças?

BDP: Uns 20 anos atrás, faculdades for-profit tomaram o mercado e agora quase 85 % dos alunos estão frequentando-as. A empresa de nome Kroton esse ano alcançou o segundo lugar de maior faculdade no mercado no Brasil e agora é a maior corporação educativa do mundo, com 1.6 milhões de alunos e mais de 3 bilhões em renovações anuais. E eles apenas são donos de uma pequena partilha do mercado – mais ou menos 10%

TC: Quero está ajudando a encaixar os alunos nessas escolas “for-profit”. É isso?

BDP: Sim, essas faculdades  [for-profit] tem lutado para conseguir mais alunos juntamente com empresas que possuem muitos dados, e dando a eles descontos em troca; ou, por exemplo, se você tem uma igreja ou um time de futebol, você pode fazer parceria com uma faculdade e  [por você estar enviando muita gente pra escola] você conseguirá 10 a 50% de desconto na mensalidade. Mas existe um grande desencontro de informações para os alunos.

TC: Então você esta dizendo que essas faculdades sofrem de um excesso de suprimento? 

BDP: é isso. Tem 6 milhões de cadeiras abertas todos os anos, e 3 milhões de pessoas inscritas, então por volta de 50% das vagas estão disponíveis. Algumas escolas têm mais inscrições. Faculdades públicas já é outra história. Eles são livres para frequentar,  mas possuem um número de vagas limitados.[então é muito competitivo pra poder freqüentar] e somente 10% das pessoas que fazem o exame nacional conseguem entrar. Medicina é um curso muito regulado e difícil. Mas existe uma super demanda na maioria dos outros campos de estudo.

TC: Como você ajuda os alunos a ter noção das opções entre as escolas for-profits?

BDP: Nós somos tipo uma Expedia. Você vem para nossa plataforma e diz “Eu quero administração de empresas, eu estou localizado aqui, e isso é o que eu posso pagar! E então serão mostrado para você diplomas de diferentes variações com o preço da mensalidade. E isso é para faculdades presenciais e a distância, onde você pode fazer as provas com uma facilidade, perto da sua casa para  não ter que ir pra faculdade todos os dias.

TC: Quantas dessas escolas privadas existem na sua plataforma?

BDP: No total no Brasil há 2000 faculdades privadas e mais de 30 % delas estão no nosso site incluindo as maiores.

TC: E eles te pagam para vocês colocarem as pessoas nesses assentos vazios. Que tipo de seleção vocês tem?

BDP: Os alunos nos pagam uma taxa de matricula que é equivalente ao primeiro mês de mensalidade, Enquanto as escolas os perdoa nesse primeiro mês.

Nos últimos 12 meses, nós associamos mais de 70.000 alunos com os programas de faculdade. Ou, 1.6 % das admissões no Brasil. Nós geramos perto de 7 milhões de dólares em renovações nesse processo.

TC: Quem são seus competidores?

BDP: Nós temos dois. Um é menor que nós, e o outro é maior, e tem um monte de pequenos clones surgindo. Mas os outros são mais do tipo negócios de Call Center. É um mercado não profissional. Enquanto isso nosso site é self-service. Nós temos suporte telefônico para os alunos, e metade do nosso time  são “conselheiros educativos” que estão disponíveis no telefone e por Whatsapp, mas [ o resto do processo é automatizado]

TC: Vocês são rentáveis?

BDP: Nós nos tornamos rentáveis em 2013.  Tomamos alguns investimentos oportunos para conseguir alguns empreendedores com uma boa carreira no Brasil para nos ajudar com os negócios. Crescemos por volta de 800.000 juntos. Mas estamos crescendo 5 vezes a cada ano. Nós temos mais que 100 funcionários. Nossa rede estão em torno de 30 %

TC: Você acabou de passar pelo programa de verão Combinações Y. Por que aplicar?

BDP: Eu fui um grande fã de YC desde os primeiros dias e eles nunca nos aceitariam. Essa foi a terceira vez que nos aplicamos.

Tem somente três firmas  no Brasil que têm fundos, e eles procuram muito por uma referência de negócios nos EUA [ contra a comparação dos startups locais]. Uma vez que o mercado educacional é muito diferente aqui nos EUA comparado com Brasil, não houve [um análogo americano] que  tornou difícil no começo. E agora nossa companhia é muito grande para a maioria dos fundos, razão pela qual decidimos fazer YC.

TC: Você está encontrando com investidores americanos agora. O que você faria com esse capital inicial?

BDP: Nossa equipe  de engenheiros ainda é muito pequena. Nós queremos fazê-la crescer para criar mais qualidades que ajudem nossos alunos, incluindo construções e funcionalidades para melhorar ajudá-los, logo no início  do processo.

Nós também pensamos sobre expandir em outros setores, incluindo aprendizado de inglês, e expandir para outros países em desenvolvimento em países da América Latina, onde educação rentável está começando a tomar conta do Brasil. Mesmo no Brasil apenas 14% dos adultos tem diploma universitário, comparado com 50% dos adultos em países desenvolvidos. As coisas estão mudando rapidamente, há muito espaço para crescer.

Fonte: Tech Crunch / Info Exame / Startupi


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