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Em 2022, ocorreu uma mudança do nome da data, de “Dia do Índio” para “Dia dos Povos Indígenas”, a partir do apontamento de que o termo “índio” é uma forma pejorativa de se referir aos povos que viviam no Brasil antes da colonização portuguesa. Além do 19 de abril, a luta e a resistência dos povos originários também é celebrada durante todo o mês de agosto devido ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, no dia 9, data criada em homenagem à aprovação da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas.
No Brasil, um importante marco nessa luta foi a criação, em 2023, do Ministério dos Povos Indígenas, com a primeira mulher indígena ministra de Estado na história brasileira, Sônia Guajajara. Também pela primeira vez, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) é dirigida por uma indígena, a advogada Joenia Wapichana.
Resistência do Povo da Floresta
A ganância e a exploração indiscriminada de garimpeiros não é nenhuma novidade no Brasil. Responsáveis pela devastação de reservas naturais e a poluição de rios com mercúrio que contaminam o solo e a vida dos povos indígenas, esses exploradores se aproveitam do garimpo ilegal para construir pistas de pouso clandestinas e aumentar as áreas de extração do minério, principalmente nas terras da comunidade Yanomami e o povo Kaiowá.
Embora essa região tenha sido homologada, os índios reclamam que a regra não tem sido respeitada. Apesar dos esforços do Exército, Funai e Ibama, os garimpeiros continuam voltando e instalando balsas, construindo pistas de pouso e aumentando os barrancos.
Organizações que lutam ativamente pelos índios brasileiros já receberam o apoio da Rede de Comunicação do Jornalismo Colaborativo em outras publicações. Leia mais sobre a Mobilização Indígena no Brasil.
Fonte: Arquivo Nacional