Olhar para o alto em uma noite de céu estrelado e achar que todos aqueles pontos luminosos, mais confundem a cabeça do que qualquer outra coisa, é algo absolutamente natural. Mas é aí que entra o mistério ou se preferir, a “mágica” do conhecimento. Quando se trata de observação das estrelas, é a partir dessa curiosidade intelectual que surge a Astronomia, responsável pelos estudos e teorias sobre a origem, evolução e movimentos dos astros.
Apesar dos maiores centros de astronomia do Brasil, como o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, o Observatório Nacional (ON) e Observatório do Valongo (UFRJ), o Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) no Sul de Minas e a Divisão de Astrofísica (DA) do INPE, São José dos Campos é também considerada a “Capital da Astronomia” no país. A principal cidade do Vale do Paraíba, concentra alguns dos mais importantes profissionais da área. Além do INPE – Instituto Nacional de Pesquisa Espacial, ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, Centro Tecnológico Aeroespecial – CTA, a região também é favorecida com Universidades, Observatórios e projetos direcionados para a difusão do conhecimento científico.
Já divulgamos em nossa Rede de Comunicação do Jornalismo Colaborativo alguns desses projetos, como o Instituto Alpha Lumen, que é referência na formação de jovens estudantes recordistas em medalhas no campo de estudos científicos e que são aprovados nas melhores Universidades Nacionais do país, inclusive internacionais, como Standford, Harvard e MIT.
Mas há também iniciativas abertas ao público que merecem destaque como o Ciência no Parque Vicentina Aranha, que é regularmente ministrado por pesquisadores da Divisão de Astrofísica do INPE integrado ao ciclo Astronomia Para Todos que oferecem a Oficina de Introdução à Observação Astronômica, conduzido pelo projeto Céu Profundo.
O Portal Céu Profundo, mostra a ciência de maneira lúdica e descontraída nas manhãs de domingo e abrange tópicos como identificação de constelações, leitura e interpretação de cartas celestes, localização e identificação de objetos como planetas, galáxias, aglomerados estelares e nebulosas, compreensão dos movimentos dos astros na esfera celeste e familiarização com o manuseio de telescópios.
O objetivo da oficina é introduzir o visitante à prática observacional, mostrando que a observação astronômica está ao alcance de todos, seja a olho nu ou através de instrumentos como binóculos e telescópios. Segundo o astrônomo Wandeclayt Melo, que trabalha no Laboratório de Registro de Imagem do IAE e é responsável pelo site ceuprofundo.com “Qualquer pessoa pode praticar astronomia”. Com mais de 30 anos de experiência, Wandeclayt atua na formação de observadores astronômicos com intenção de criar um Astroclube na cidade. “Antes de investir em um telescópio ou mesmo um binóculo mais potente, é muito mais interessante conhecer o céu e a disposição das estrelas e então não só observar o céu, mas também colaborar com a comunidade científica”, recomenda.
É o caso do Zooniverse, uma plataforma de astronomia cidadã, coordenada pela Universidade de Oxford com o Adler Planetarium de Chicago e a Citizen Science Alliance, junto ao projeto Planet Hunters do programa Exoplanet Explorers, que permite voluntários possam enviar imagens captadas por recursos amadores que revelem mudanças na luz das estrelas devido a trânsitos, que ocorrem quando um planeta cruza em frente à sua estrela enquanto orbita e desse modo poder explorar através dos dados da missão estendida da nave espacial Kepler-K2 um enorme catálogo de estrelas registrado pelo telescópio.
O Portal Céu Profundo é um projeto colaborativo de divulgação científica voltado para a comunidade de entusiastas da astronomia e ciências afins que traz notícias, entrevistas, resenhas, guias de observação, dicas de equipamentos e calendário de eventos astronômicos.
Projetos que valorizam e contribuem com a difusão da ciência são um dos principais focos de atenção de nossos Colaboradores que buscam sempre trabalhar com pautas que fomentem relevância à transformação social por meio do Jornalismo Colaborativo.
Portanto, caros leitores, o convite está aberto. Movimente o esqueleto e o seu cérebro. Encontre o lugar mais próximo de observação, navegue nos links sugeridos nesse artigo e mire para a sua estrela. Afinal, você é parte dela. Todos nós somos.
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