Ao comprar um carro novo, antes mesmo de pegá-lo na loja, você já está ansioso para desfrutar de seu novo veículo, e assim que possível, logo leva os amigos para dar uma volta. É exatamente nesse momento que surge sua primeira obrigação como condutor responsável: convencer os amigos a usarem o cinto de segurança. Sim, sempre tem aquelas desculpas de sempre: “quem vem atrás não precisa”; “ah, é só uma voltinha”; “não tem guarda” etc.
Porém, independentemente das desculpas, mesmo que seja só para uma voltinha, o cinto é obrigatório e seu uso deve ser visto como uma questão de segurança. Afinal, ele foi desenvolvido para proteger os ocupantes do carro, e não para servir de enfeite ou multar quem ignora seu uso.
O uso do cinto é obrigatório por lei a todos os passageiros. Se for flagrado pela fiscalização sem ele, você pode ser punido com multa por infração gravíssima e ainda perder 5 pontos na carteira.
Mesmo assim, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que apenas metade do brasileiros têm o hábito de usar o cinto de segurança quando viaja no banco de trás do carro. O que é muito perigoso, porque quando estamos dentro do veículo, nos movemos na mesma velocidade que ele. Em caso de uma freada brusca, as pessoas que ocupam o banco traseiro poderão ser lançadas para fora do carro.
Para se ter uma ideia, caso seja necessário frear bruscamente a uma velocidade de 50 km/h, por exemplo, o impacto sofrido pelos passageiros equivale a cair do segundo andar de um prédio. Por isso, convença seus amigos a usarem sempre o cinto, mesmo que seja apenas para aquela voltinha.
Usar o cinto é obrigatório por lei, mas para a segurança de todos, o mais importante é colocá-lo da forma correta. E nós do Jornalismo Colaborativo convidamos o Sr. Ismael Paim, da Unibras Mais Proteção Automotiva no Rio de Janeiro, para nos ajudar com essas dicas.
O nosso convidado alerta que, antes de partir, é obrigação do condutor verificar se todos os ocupantes estão usando o cinto da forma correta, pois isso fará toda a diferença caso algum imprevisto aconteça. “Essa responsabilidade cabe a todo condutor responsável”, lembra o Sr. Ismael.
Uso do cinto com muita folga
O objetivo do cinto é proteger quem o utiliza, em caso de parada brusca. Então, nada de inventar moda! Há quem reclame que o cinto amassa as roupas, mas não utilizá-lo eleva em 45% a probabilidade de morte para quem está no banco da frente em caso de acidente, e em 75% para quem viaja no banco de trás. Esses dados são de um levantamento da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet).
Usar o cinto debaixo do braço
Tem muita gente que reclama que o cinto de segurança aperta ou machuca o pescoço. No entanto, o que deve ser levado em consideração é o fato de ele proteger exatamente o pescoço, a cabeça e a coluna em freadas inesperadas.
Tirar uma parte do cinto ou colocá-lo para trás
Aqui, o caso é bem parecido com o anterior. E caso o seu passageiro diga que vai tirar o cinto por estar se sentindo incomodado, mesmo que por um pequeno período, não deixe. Lembre-se que você, como condutor responsável, precisa prezar pela segurança de todos os passageiros.
Compartilhar o cinto com crianças
Existem alguns pais e mães que se sentam no banco dianteiro e compartilham o cinto com os filhos. Isso é totalmente errado! Mesmo porque crianças com menos de 10 anos não podem andar no banco da frente, e sim no banco traseiro como determina a Legislação.
Seja um motorista responsável. Siga as nossas dicas e evite acidentes fatais.