Aquela velha história de mulher esconder idade é mito. Foi com muito orgulho que a Imperatriz Leopoldinense comemorou 55 anos nesse mês de março. A “certinha de Ramos” é conhecida por obedecer à risca os quesitos técnicos desde sua primeira vitória, em 1980.
Mas há muito mais do que técnica na escola. Desde o primeiro carnaval, a preocupação com uma temática histórico-cultural era chave na hora de escrever sambas-enredo. Não é à toa que essa foi a primeira escola de samba a ter, oficialmente, um Departamento Cultural. E a quadra da escola também fez história. Foi palco da novela “Bandeira 2” na década de 1970 – uma adaptação da história de Romeu e Julieta protagonizada por Paulo Gracindo que cativou o público brasileiro.
Nesse ano, a história contada foi a do jogador de futebol Zico. A Sapucaí vibrou com o samba-enredo que contava a história do eterno camisa 10. Desde a infância até a consagração do astro, nada foi deixado de fora: havia até uma ala para cada país em que Zico atuou como técnico. As cores-tema da Imperatriz não podiam ser mais apropriadas: o verde e branco estavam por toda parte, em vários tipos de representações de campo de futebol – fosse em fantasias ou carros alegóricos.
A plateia vibrou com o espetáculo e até quem estava em luxuosos camarotes parou para ver a Imperatriz passar. No Camarote Lounge Folia Tropical, por exemplo, os foliões vibraram com “O reino do Galinho de Ouro na corte da Imperatriz”.
Texto gentilmente cedido por Katharina Farina