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Instituto Internacional de Imprensa monitora a atividade de jornalistas no Brasil

Instituto Internacional de Imprensa monitora a atividade de jornalistas no Brasil

Nota do Editor

  • Assassinatos, prisões, assédio digital e muitas outras tentativas crescentes de governos opressores tentam sabotar e interromper o trabalho de jornalistas em todos os continentes ao redor do mundo.

Algumas notícias jamais podem ser esquecidas. E quando fatos trazem evidências que oprimem o trabalho da imprensa, o IPI – International Press Institute tem a importante responsabilidade em denunciar e proteger jornalistas de ataques que violam seus direitos e integridade física.

Só na última década, mais de 30 profissionais foram mortos no país.

Considerado o sétimo do mundo com maior número de jornalistas assassinados e segundo na América Latina, o Brasil está na mira do IPI.

Ao contrário do que se possa imaginar, nem sempre parte da imprensa brasileira tem feito o seu trabalho, ocultando e sobrepondo fatos de pautas importantes à sociedade, mas que são conflitantes com os interesses políticos e comerciais, principalmente dos grandes veículos de comunicação que possuem influência e completo alcance nacional seja pela mídia impressa, digital, TV ou rádio.

Evitar que a própria imprensa se torne uma ferramenta de controle social corresponde a um dos principais objetivos do Jornalismo Colaborativo. Sobretudo, durante o período eleitoral, já que é comum verificarmos a atuação conivente e manipuladora do mass-media, refletindo em discursos de ódio e no crescimento dos haters, essencialmente nas redes sociais, onde as opiniões se tornaram armas, quando poderiam somar aos assuntos que merecem e necessitam de discussões mais aprofundadas.

Em um mar de informação buscar o silêncio é boiar no vazio liquefato da exclusão social. Especialistas em comportamento já observaram que esse medo de ser riscado entre os círculos de amigos apenas porque tem uma opinião diferente e sabe que sua manifestação pode provocar o distanciamento nas relações, é muito perigoso. Zygmunt Bauman, um dos mais importantes articuladores nesse sentido, sempre buscou destacar o poder punitivo que há na sociedade e, portanto, dentro do próprio indivíduo.

Infelizmente, em muitos casos a violência das palavras que saem do papel, saltam das telas luminosas ou “voam” pelo ar são capazes de provocar as piores consequências. E o cenário mais degradante não está nos comentários ou artigos opinativos do cidadão, mas na alienação deste, por falta de oportunidades em construir um pensamento lógico e disruptivo para o livre exercício democrático, ficando em sua maior parte à responsabilidade das notícias que chegam até ele.

É por isso que organizações independentes de jornalismo como a IPI, devem continuar cumprindo a função pública em relação a capacidade da mídia em operar livre de interferências e sem qualquer receio de retaliação.

O valor inestimável dessa missão em defender a liberdade de imprensa e o fluxo livre de notícias onde quer que elas estejam ameaçadas, remonta a importância de se discutir acerca das teorias comunicacionais levantadas na década de 70, por Elisabeth Noelle-Neumann.

Em sua obra, a cientista política alemã debate sobre a força da opinião pública como um tecido social e de que modo ela pode ser silenciada ou mesmo direcionada a partir de um fenômeno que ela designou como Espiral do Silêncio. Segundo ela, as pessoas tendem a demonstrar mais predisposição em se manifestarem, por outro lado aqueles de opinião contrária preferem não dizer nada. Tal silêncio leva ao enfraquecimento da opinião minoritária e consequentemente a opinião da maioria prevalece.

International Press Institute

Por mais que a ferida exposta cause dor e estranheza, manter a discussão aberta e em atividade com qualidade é dever público do jornalismo. Fundando em 1951, o International Press Institute é vital para que mais comunidades e organizações independentes de jornalismo ampliem a capacidade de investigação e debate de maneira mais cooperativa.

Sediado em Viena, ao logo de sete décadas, o IPI tem estado na vanguarda da batalha pela liberdade e independência da imprensa. Desde o combate à censura na África do Sul na era do Apartheid, até a ajuda a jornalistas presos sob a junta militar grega para fortalecer a mídia de Mianmar depois de anos de autoritarismo, a história pioneira do IPI abrange o mundo todo.

A organização é também reconhecida pelo compromisso com diálogos históricos entre comunidades jornalísticas.  A exemplo disso, o primeiro intercâmbio bilateral do pós-guerra entre repórteres franceses e alemães na década de 50, a primeira reunião pós-independência de jornalistas africanos nos anos 70 e o fórum de diálogo israel-palestino no final do século XX.

Assassinatos, prisões, assédio digital e muitas outras tentativas crescentes de governos opressores tentam sabotar e interromper o trabalho de jornalistas em todos os continentes.

Atualmente o IPI atua em mais de 100 países, defendendo esses profissionais que muitas vezes são transformados em inimigo. Para evitar isso e estimular o trabalho sério desses agentes da transformação e representantes dos direitos de livre expressão e da opinião pública, o Instituto fornece suporte e cobertura global, especialmente em zonas de conflito.

De olho no Brasil

Abaixo algumas das notícias internacionais sobre o Brasil publicadas pelo instituto:

Leia mais sobre os programas do instituto e saiba como se tornar um membro da comunidade IPI.

 


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