Profissional da engenharia dos mais versáteis, o engenheiro químico pode atuar em uma vasta gama de especialidades. Entre elas:
- Indústria farmacêutica
- Papel e celulose
- Plásticos e polímeros
- Alimentação
- Combustíveis
- Meio ambiente e Sustentabilidade
Dentro das especialidades, o engenheiro químico, por sua formação ligada às ciências exatas, pode exercer diversas funções, como atuar no treinamento e formação de profissionais, execução de processos e supervisão, concepção de produtos, gerenciamento de vendas e de projetos, inclusive nas etapas de planejamento e execução.
De acordo com o CFQ, Conselho Federal de Química, existem hoje, em atividade no Brasil, cerca de 20 mil engenheiros químicos, perfazendo aproximadamente 4% do total, contando todas as especialidades da Engenharia.
Em território brasileiro, a profissão é regulamentada pela Lei nº 5.194/66, que dispõe também das normas para exercer a profissão de arquiteto, além das normas para os engenheiros. Com o Decreto Federal nº 620, de junho de 1969, a profissão foi enfim legalizada, fazendo jus a todos os direitos trabalhistas previstos pela CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho.
Área ambiental é uma das que mais requisitam profissionais
Um dos segmentos que mais vem tendo a demanda por profissionais aumentada no Brasil é a da engenharia ambiental. Segundo o engenheiro químico Stelio Marques, da Brasil Tech, empresa de tratamento de efluentes, na área ambiental o engenheiro químico atua no “tratamento de efluentes, visando minimizar ou aproximar do zero o impacto ambiental de seu lançamento na natureza. Atua também no sentido de promover a diminuição da produção de resíduos líquidos ou ainda no seu posterior reaproveitamento. Pode implementar, supervisionar ou avaliar estações de tratamento de chorume, ou de resíduos sólidos, desenvolvendo estruturas para tratamento e posterior reaproveitamento de dejetos, inclusive transformando-os em combustível ou insumos industriais”.
Considerada equivocadamente como vilã por alguns setores conservacionistas, a engenharia química tem como patrono ninguém menos que o químico sueco Alfred Nobel, que inventou a dinamite e a borracha sintética. Depois de sua morte, aos 63 anos, na Itália, em seu testamento, Nobel determinou que fosse criada uma Fundação com seu nome, e que tivesse como objetivo premiar anualmente os mais destacados contribuidores pelo progresso da humanidade. Embora Nobel fosse engenheiro químico, o Prêmio Nobel de Química é concedido exclusivamente a químicos ou físico-químicos que tenham dado contribuições à ciência sem fins comerciais.
O dia do engenheiro químico, comemorado no último dia 20, evidencia a importância desse profissional para o desenvolvimento do país. Afinal, sem química não há vida.