Em dezembro do ano passado o Governo e o Ministério da Fazenda decidiram subir o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que incide sobre pagamentos feitos com moeda estrangeira como cartão de débito, cheque de viagem e cartões pré-pagos. Além desses 3 modos de pagamentos, saques no exterior também tiveram esse imposto aumentado. Antes dessa decisão, a taxa cobrada era de 0,38% e agora o valor subiu para 6,38%.
O governo justificou essa medida como meio de impedir que um modo de pagamento seja preterido por outros por causa de sua tributação. Outro fato que estão usando para esse aumento é o crescente gasto que os brasileiros estão tendo no exterior. Segundo o Ministério da Fazenda, esse aumento resultará em uma arrecadação adicional estimada em R$552 milhões por ano. Lembrando que compras de moeda estrangeira feitas no Brasil não sofreram alteração.
Mudanças para os viajantes
Com essa medida, a prática de compra de cartões pré-pagos, que estava em alta nos últimos, tempos pode ter seus dias contados. Segundo Newton Mendonça, sócio fundador da casa de câmbio no Rio de Janeiro Espaço Câmbio, “as pessoas voltaram a preferir comprar o dinheiro aqui no Brasil por causa do baixo IOF”. Porém, Newton nos lembrou de um outro fator que a maioria das pessoas não está levando em consideração: “Os cartões pré-pagos ainda podem ser a melhor opção, uma vez que eles travam o câmbio após a recarga, e com isso o consumidor pode escolher o menor câmbio possível e fugir de flutuações futuras”.
As melhores opções terão que ser analisadas de pessoa para pessoa, você terá que colocar na conta se vale a pena utilizar os cartões de crédito internacionais pelas milhas que pode ganhar, os pré-pagos pela vantagem de não se preocupar com as flutuações ou o dinheiro vivo, que tem o menor imposto, porém pode ser bem perigoso.
