Participação feminina em Ciência e Tecnologia é uma das metas do Instituto Tecnológico de Aeronáutica
Segundo pesquisa realizada em 2015 pelo do IBGE, no Brasil as mulheres representam mais da metade da população com 51,4%, ou 103,5 milhões de mulheres em todo o país. Mesmo assim, muitas delas encontram resistência em alguns setores do mercado de trabalho.
De acordo com os dados do último Censo de Educação Superior divulgado em 2014, isso fica mais evidente na área acadêmica, principalmente nos cursos de ciência e tecnologia em que apenas 28% dos alunos dos alunos de engenharia representam o público feminino. No Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), somente 10% dos alunos são mulheres. No entanto, o a instituição é única da América Latina escolhida para desenvolver ações práticas voltadas à melhoria desse cenário profissional.
Nesse sentido, pensando em ampliar a participação feminina nessa área de formação, a Johnson & Johnson criou o projeto STEM2D, que tem como principal objetivo incentivar o ingresso de mulheres em cursos das seguintes áreas: Ciências, Tecnologia, Engenharia, Matemática, Manufatura e Design.
O projeto contempla universidades parceiras em todo o mundo e desenvolve ações que incentivam mulheres a desenvolver conhecimento nessas áreas. São nove universidades selecionadas, sendo outras seis nos Estados Unidos, uma na Irlanda e uma no Japão.
De acordo com a professora do ITA Juliana Bezerra, que é coordenadora do projeto na instituição, a ideia central é envolver alunas para que, ao mesmo tempo em que se desenvolvem tecnicamente, tenham contato com outras profissionais e atuem junto às escolas, incentivando estudantes. “Para reverter isso, temos que atuar com crianças e jovens para despertar seu interesse e apresentar caminhos na atuação profissional”, afirma.
A professora acredita que essa é uma grande oportunidade de aumentar o interesse das meninas em estudar nas áreas de Ciência e Tecnologia. “Somente 6% das meninas e 17% dos meninos brasileiros se interessam pelas áreas de Engenharia e Computação. Então, o desafio é fomentar o interesse pelas áreas”, finaliza a professora.
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, apenas 5,18% de mulheres estão na liderança de empresas no Brasil.
Fonte: Jornalismo Colaborativo / ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica