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O Reflexo da Atrofia Cultural

O Reflexo da Atrofia Cultural

Nota do Editor

  • Há 10 anos, autor mais prolífico do mundo passa pelo mesmo drama que muitos intelectuais enfrentaram no fim da vida. Família aposta em Campanha para poder ajudá-lo.

O valor da intelectualidade no Brasil / O Reflexo da Atrofia Cultural

Considerado o maior fenômeno da literatura e recordista no Guinness Book com mais de mil livros publicados, escritor brasileiro, 75 anos e com a saúde debilitada por uma neuropatia pós cirúrgica, reflete parte da atrofia cultural no país.

Há dez anos, morando em Aracruz, no Espírito Santo e sob os cuidados delicados de sua esposa Nicole Kirsteller, artista plástica e também escritora, José Carlos Ryoki de Alpoim Inoue, nos últimos anos vem travando uma luta para sobreviver com apenas um salário mínimo.

Acamado e quase sem  movimentos devido a atrofia muscular, o escritor “Zé Carlos”, diariamente recebe os cuidados integrais de sua companheira de vida, Nicole. Foto: Arquivo Pessoal.

De artistas como Aleijadinho, Adoniran Barbosa, Van Gogh, Gaudí, Rembrandt, a escritores como Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, Miguel de Cervantes, Alexandre Dumas e até mesmo a cientistas como Nicola Tesla, todos partiram desse plano, se não com dificuldades financeiras, na mais pura miséria. Cada um com seus problemas, mas incompatíveis com a genialidade que os tornaram célebres.

Apontado pela crítica como o “Pelé da Literatura“, para nosso escritor recordista, no entanto, seu maior “erro” talvez tenha sido desistir da carreira de piloto na aeronáutica e médico especialista em cirurgia de tórax para viver única e exclusivamente como escritor profissional em um Brasil em que sabidamente os direitos autorais e o intelectual, em especial da literatura, jamais foram devidamente valorizados.

Falar em “intelectualidade”, é um termo sensível , complexo, e muitas vezes mal entendido e até deformado ao longo da história por conveniências sociais, políticas e econômicas.

Quando paramos para pensar

“Eu sou um intelectual”. “Esse sujeito é um intelectual”. Mas o que significa ser um intelectual?

A figura contemporânea desse termo passou antes por várias interpretações. Tomando o modelo francês, bem conhecido, por andar junto com figuras relevantes e pioneiras no quadro histórico desse país. Podemos enquadrá-lo como a “história das ideias” antes do pensamento e da interpretação no âmbito da filosofia. O nascimento “social” desse conceito, (se é que podemos colocar dessa forma) seria atribuído ao engajamento dos grandes cientistas e escritores como Émile Zola. Um homem de cultura (e não com cultura), mediador, criador, diferente de um político.

Um escritor, um jornalista, um crítico de Arte, tem por objetivo semear “ideias”. Para chegar ao conceito atual em que ser intelectual, pessoa cuja a atividade se coloca no exercício do espírito, é preciso mergulhar em análises mais profundas, defendendo seu ponto de vista, seus valores e ideias, com firmeza e credibilidade. Esse posicionamento é a atual postura contemporânea de um Intelectual, bem diferente do que nos foi mostrado, desde então na história da humanidade.

Nos anos 1880, por exemplo, a meta ou dever de um “intelectual” era a manipulação do Divino. Ora, numa França católica e ainda pouca industrializada era fácil impor esse conceito. No meio literário buscou-se enaltecer tudo que elevava ao Sublime. Mas pouco a pouco, a industrialização foi chegando e canalizou poderes aos políticos, ao Social para começar a construir divisões, não mais orgânicas, mas direita, esquerda. A força das “ideias” começa a se impor no sentido de partir para a ação. Assim, o poder se sobressai, a divisão pega forma e para a “intelectualidade” retomar seu lugar, começa a elaborar ideias mais concretas, simbólicas e com análises precisas e científicas, como fez a complexa figura de Oppenheimer e “pai” da bomba atômica que, pasmem, estudou o Movimento da Cultura Ética.

Já no século XX, os intelectuais passaram a saber manejar o verbo, diferente ainda dos escritores e oradores. Toda a classe intelectual entra em ação. Porém, Michel Foucault, filósofo francês com influência internacional, desde 1960, defende a noção do justo e da verdade para todos no seu novo modelo de ser intelectual. A sociedade evolui para a democracia, o pluralismo, dizia ele. Mas aos poucos, o conceito vai se modificando, recua, fica mais modesto e se politiza. A forma nos conduz a não dar mais créditos a nenhuma revolução. A sociedade parece se tornar ameaçada diante do conservadorismo.

O papel histórico na França, a respeito da “Intelectualidade”, antes de mais nada é transformar-se em um criador de ideias, um espectador engajado, bem diferente do modelo Dreyfusard (caricatura da direita, versus esquerda) de Julien Brenda que pregava a razão, a justiça e a verdade.

Chega então Jean Paul Sartre com sua famosa frase: “Quelqu´un qui se mêle de ce qui ne le regarde pas”, e que em português conhecemos como: “alguém que mete o bedelho onde não é chamado”. Para ele, o intelectual é um ser inquieto na causa da justiça. Portanto, rompendo com todas as instituições ditas opressivas. Ele teve um papel importante como intelectual da época, nos tribunais julgando os crimes de guerra do Viet Nam. Para Sartre, o intelectual tem que ter um sentido ético da justiça.

Quanto a Albert Camus, ele passa a dar outro sentido no Conceito Intelectual de Ser em que a verdade pode ser uma fuga misteriosa e a liberdade de pensamento perigosa. Talvez por isso, os franceses sempre preconizaram a intelectualidade como premissa para poder avançar na história social, politica e científica. Desse modo, a expressão dos grandes escritores, críticos, poetas só contribuíram para firmar um conceito enraizado para abrir os horizontes na criação de ideias.

Mas de 1789, até os dias de hoje, essa mesma França não permanece com o monopólio da definição da intelectualidade e também nem sua função política e crítica. Canadá e Estados Unidos que possuem uma rica vida intelectual e bem antiga, diga-se de passagem, atravessa o liberalismo, o conservadorismo e o pragmatismo. O apogeu se deu em 1968, com a guerra do Viet Nam. Por consequência, o intelectual acaba fazendo parte de uma ideologia dominante. Surge então um movimento: “melhor não pensar muito”. As pessoas tem que sustentar as verdades doutrinais e o discurso tem que ser dominante para, enfim, a sociedade se tornar contra os intelectuais.

A história sempre vai se repetindo ao longo dos séculos. Afinal, não vemos isso, hoje claramente acontecer com a era tecnológica?

O intelectual tem que descobrir sua contradição e testemunhá-la. Ele se vê empurrado a se engajar para finalmente chegar a um percurso espiritual. Ainda segundo a teoria de Foucault que pede um trabalho filosófico para iluminar as confusões, começa então um novo movimento que aponta o intelectual ser alguém que vai colocar suas ideias na política e nos cidadãos. Ir contra o sistema da domesticação humana e colocar regras. E só então, abrir caminho para uma sociedade que precisa de um projeto de emancipação.

Chegamos enfim, ao ponto mais crucial: razão ou intuição? A abertura nos horizontes terrenos, com sua cultura respectiva, vem acrescentar um novo modo de olhar a intelectualidade como um todo.

Antes da abertura da industrialização, os tempos eram outros. Esse tempo dava espaço, para argumentar, discursar e mais ainda para “impregnar” de ideias para serem confrontadas, digeridas, analisadas com a verdade de cada uma. Mas acabando a corrida industrial, o mundo entrou em uma nova Era, aquela que corre na velocidade de uma lebre: A Tecnológica.

Não há mais brecha para a intelectualidade, não há mais tempo para pensar, mas agir. E pouco a pouco, esse conceito tão importante durante todo o período da humanidade, ficou para trás. Falar sobre o assunto parece pedante, burguês e sugere ser deboche, esnobe, feito para humilhar todos aqueles que não possuem nenhum veio de intelectualidade.

A escola, por sua vez, faz questão de ignorar esse conceito. Tudo passou a ação, a preconceito e outras coisas mais. Caminhamos em uma era que o sistema chama de “evolução”, levando os valores e a moral serem jogados fora. Passa até ser vergonhoso falar com e como um intelectual de verdade!

Ser Intelectual sugere muitos estudos, muita cultura, muita ética e maneiras de pensar, sem cair em um único preceito. Ter abertura de espirito, conhecimento para discursar, criticar, entender, digerir. Mas, afinal, quem de fato, hoje, se propõe a pensar?

Não faz muito tempo, quem fosse estudar medicina, por exemplo, tinha que dominar várias línguas, da morta (latim, grego) até as hispânicas, germânicas, ou mesmo escandinavas, já que os livros eram escritos nesses idiomas.

Meta Social e o Estímulo Literário

Foi assim com nosso escritor José Carlos Ryoki. E não bastava saber ler aquele idioma, tinha que conhecer a cultura de cada um para entender a que se deu a evolução da medicina no mundo.

Para escrever seus mil livros de bolso que muitos consideravam como “subcultura”, especialmente os acadêmicos com seus floreios eruditas, teriam que ser confrontados e até desafiados a fazer o mesmo. Bastaria, para tanto, ter um conhecimentos preciso sobre a história de países da Europa ou dos Estados Unidos, conhecimento em armamento a cada época correspondente, o que aconteceu na abertura das ferrovias, todos os detalhes que fazem da história da conquista, por exemplo, do oeste americano.

Algo fabuloso como as descrições das caravanas, das roupas, passando pelas botas, chapéus, cinturas, dos cavalos de raça e selvagens, dos acessórios dos cowboys, das mulheres dos saloons, das roupas, etc… Cada detalhe estudado minuciosamente para jamais cometer erros, principalmente nas datas em que se passa a história. O próprio Fernando Sabino, o escritor mineiro, dizia à filha que para saber escrever corretamente tinha que escrever livros de bolsos.

Porque afinal, a meta, o objetivo, dos 1000 pocketbooks escritos por ele, era para “viciar” quem nunca teve o hábito de ler e assim, aprender a gostar da leitura. No fim, essa meta, que Ryoki se propôs a fazer, poderíamos colocá-la como uma meta social.

Sim, mas ninguém analisou de verdade essa força Intelectual que esse escritor divulgou. Voltando ao conceito contemporâneo de um ser intelectual, cuja a atividade é drenada no exercício de espírito, como um todo Ryoki foi alguém que se engajou para fazer parte de uma análise sem fugir dos fatos e para defender seus valores. Essa é, e sempre foi a essência desse escritor, que poucos tiveram tempo de estudar e compreender.

Hoje, o Tempo parou, ou congelou. Não existe mais tempo para se dedicar à analise e ao pensamento ético. Os valores são outros. A meta é não pensar. A meta é tornar o homem escravo da tecnologia para abrutalhar o raciocínio e levar a ele um futuro, onde pessoas e máquinas serão um só. Metade robô, metade humano, mas já sem espírito. Ao que parece e vem se desenhando, não se falará mais de intelectualidade. Ao observar mais friamente o status quo, passa a ideia de uma desconstrução em que as pessoas irão rir desses indivíduos e chamá-los de retardados, retrógados ou qualquer outra coisa pejorativa. E dizem  assim que o mundo caminha para evolução. Que evolução?

Para os Inquietos e Inconformados

Diante de tudo aqui exposto, ora reflexivo, ora opinativo ou até mesmo em um tom de revolta — afinal quem poderia imaginar o autor mais prolífico do mundo passar por uma situação dessas apenas porque mora em um país onde a cultura tem se diluído em detrimento daquilo que gera mais audiência e lucro em cima da grande massa — começa uma série de campanhas para ajudá-lo a ter um final digno com menos sofrimento e um pouco de tranquilidade.

AUTOBIOGRAFIA

Juntos há mais de 50 anos, o casal Ryoki e Nicole, com a ajuda de seu filho e jornalista Georges, decidiram contar a história de vida em uma autobiografia inédita e empolgante, repleta de aventuras, conhecimento e muita sabedoria. Assim, inicia-se um movimento para arrecadar fundos para a publicação de uma obra que certamente irá chocar muitas pessoas e ao mesmo tempo emocionar todos aqueles que enxergam a importância do trabalho desse grande escritor e de sua esposa dedicada às artes, natureza e espiritualidade.

Para saber mais como contribuir com este projeto e fazer parte da lista pública (ou não) de apoiadores, acesse a página da campanha no Site Oficial do escritor, em www.Ryoki.com.br.

 

 

OS CACHIMBOS DE RYOKI, SUA MARCA REGISTRADA

Cachimbo RyokiO cachimbo, em si, como objeto, é uma peça de beleza indiscutível. Mesmo quem não seja um conhecedor de cachimbos, certamente verá essa beleza. O próprio cachimbo é uma forma de arte. A maioria deles surge das mãos de um artesão, talvez seja essa a razão que leva a maioria das pessoas a associá-lo com nobreza, sofisticação e intelectualidade.

Raro são as vezes que nosso autor aparece sem o seu cachimbo. Inveterado conhecedor dessa arte que é preciso algo mais do que aspirar e soltar uma fumaça aromática, Ryoki sempre teve um carinho muito especial com seus cachimbos, objetos pessoais que agora coloca à disposição, incluindo alguns cachimbos especiais que o acompanharam durante a criação de suas obras.

Além da Coleção de Cachimbos do Escritor mais Prolífico do Mundo, serão selecionados e colocados à venda 07 dos seus principais cachimbos, uma coleção  para cada dia da semana e outras opções com 05 e 03 cachimbos. Isso porque um autêntico cachimbeiro acaba por ter o seu cachimbo predileto e, apesar disso, jamais fuma o mesmo cachimbo duas vezes no mesmo dia, o que implica na obrigatoriedade em possuir no mínimo três deles – de preferência um reto, um curvo e um semicurvo.

Compra Coleção de CachimbosO TABACO ESPECIAL DO ESCRITOR RECORDISTA

O segundo elemento indispensável para uma cachimbada é o tabaco, obviamente. Uma das vantagens que o cachimbo tem sobre o charuto e o cigarro é a quantidade de tabacos disponíveis, já que existem milhares de marcas com inúmeras misturas e diversos tipos de tabaco que, por sua vez, podem originar uma quantidade infindável de misturas (lê-se blends), bem ao gosto de cada cachimbeiro.

Da mescla de fumos-base descrita com outros produtos, obtém-se um número enorme de combinações. A partir daí o fumante deve buscar o blend que melhor combine com o seu paladar.

No decorrer de sua vida, nosso escritor conseguiu a façanha de criar um tabaco para cachimbo que consiste justamente em combiná-las de forma adequada, explorando ao máximo seus atributos e a possibilidade dessa mescla.

A receita desse tabaco especial do autor de mil livros, sempre foi guardada em segredo e agora será revelada para o felizardo que comprar os 07 cachimbos selecionados da campanha Coleção de Cachimbos do Escritor mais Prolífico do Mundo.

Para adquirir os cachimbos especiais do escritor ou comprar alguns desses itens da sua coleção completa, clique aqui para acessar a página desta campanha exclusiva no Site Oficial de Ryoki.

Outras opções de como você pode contribuir:

Fazendo uma doação via PIX utilizando o QR Code abaixo:

Pix Ryoki

Ou se preferir com a Chave PIX a seguir:
ryoki@ryoki.com.br

 



 

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