Doutrina baseada na crença da sobrevivência da alma e da existência de comunicação, por meio da mediunidade, entre os vivos e os mortos, entre os espíritos encarnados e os desencarnados.
Desde o princípio da humanidade sobre a Terra, há o desejo dos homens de poderem se comunicar com os que já morreram. Isso tem sido, através dos tempos, uma constante que até os dias de hoje ainda obsceda o ser humano.
A origem do espiritismo moderno está nos Estados Unidos, na cidade de Wrentham, Massachussets.
O médico, doutor J. Larkin, que se dedicava ao estudo do magnetismo animal, fez em 1884, algumas experiências com sua empregada, Mary Jane que, em estado de transe hipnótico, afirmou ver ao seu lado uma mulher maravilhosa que seria a esposa do médico, falecida recentemente. Também produziu o fenômeno tipo físico de batidas (raps) e de transporte (aporte). Depois de alguns anos, o doutor Larkin reuniu um estudo com cerca de 270 casos documentados e fidedignos. Porém, esse seu estudo foi considerado como fatos demoníacos. A empregada foi presa e condenada a alguns meses de prisão e o doutor Larkin foi expulso da organização religiosa a que pertencia e abandonado por seus pacientes e concidadãos.
Contudo, parece que a história do espiritismo parece ter início com as experiências de Margareth e Kate Fox, duas irmãs, em 1870, segundo o que foi publicado no Modern American Spiritualism. Segundo essa publicação, na aldeia de Hydesville, Estado de New York, em 1843, vivia em um palacete, um certo senhor Bell, com sua esposa. Uma noite, o casal deu pouso a um caixeiro viajante. No dia seguinte cedo, a sra. Bell saiu para fazer compras, deixando o Sr. Bell e o hóspede sozinhos. Desde aquela data não se teve mais notícias do caixeiro-viajante. Em 1847 os Bell se mudaram e o palacete foi alugado para um casal mas estes, notando ruídos estranhos na casa, logo se mudaram. A casa foi então alugada para o casal Fox que tinha duas filhas, Margareth, de 15 anos e Kate, de 11. Eles também perceberam os ruídos, além das batidas, ruídos de luta e de um corpo imaginário sendo arrastado pelos degraus da escada em direção à adega. A menina Kate, sem se amedrontar com os ruídos, teve a idéia de se comunicar com aquele que dava as batidas, estabelecendo uma espécie de código e o irmão de Kate, David, auxiliou-a, criando um código alfabético. Através desse meio de comunicação a misteriosa entidade disse ser o caixeiro-viajante Charles Rosma, assassinado por Bell. O motivo do homicídio fora a intenção de se apossar dos 50 dólares que o caixeiro possuía. O mistério só foi esclarecido 60 anos depois, quando uma parede da casa caiu, aparecendo a ossada e a maleta do caixeiro-viajante.
Em 1851, Henry Gordon realizava a primeira experiência de levitação e na família Koons, ocorriam as primeiras experiências de vozes diretas e de materializações.
Alguns estudiosos propuseram uma classificação do espiritismo em três grandes subdivisões:
- O espiritismo científico, atribuindo-o ao francês gabriel Delanne, que propõe um estudo rigorosamente metódico dos fenômenos
- O espiritismo de orientação religiosa, que é essencialmente baseado na reencarnação. Seu paladino é Allan Kardec (seu verdadeiro nome é Hyppolyte Rivail) nascido em Lyon em 1804 e morto em 1869.
- O espiritismo barato.
A partir dessas três subdivisões, nasceram diversas correntes.
Entre aqueles que sustentam seu aspecto científico, apareceu a Metapsíquica e seus pesquisadores são chamados metapsiquistas. Dentre o espiritismo de cunho místico-religioso, surgiram seitas e pessoas que acreditam no ocultismo. Entre essas pessoas ficam os sensitivos e videntes.
Para se ter uma idéia do espiritismo, basta adotar a definição ditada em 1919 pela Associação Nacional Espírita dos Estados Unidos:
O espiritismo é a ciência, a religião da vida e a filosofia baseadas no pressuposto da possibilidade de comunicação através da mediunidade, com aqueles que vivem no mundo dos espíritos.
Em 1931, no Congresso Espírita Internacional de Aja, estabeleceu-se a seguinte definição:
O espiritismo é uma filosofia constituída de dados científicos verificáveis cujos princípios essenciais são:
- A existência de Deus – inteligência e causa de todas as coisas
- A existência da alma – ligada ao corpo durante a vida terrena por meio de uma entidade intermediária
- A imortalidade do espírito e sua contínua evolução superior
- A responsabilidade individual e coletiva de todos os seres sobre cada escolha feita.
Quem são os espíritos? Conforme a interpretação de Allan Kardec, os espíritos são seres semelhantes a nós, têm um corpo como o nosso, porém fluídico e invisível a nós, encarnados, em seu estado normal.
Quando a alma está unida ao corpo durante a vida terrena, ela tem um duplo envólucro: um pesado, grosseiro, destrutível, que é o corpo, e um outro, fluídico, leve e indestrutível, que é o perispírito.
Dessa maneira, no homem vivo, existem três coisas essenciais:
- a alma, ou o espírito, princípio inteligente no qual residem o pensamento, a vontade e o senso moral
- o corpo, compreendido como e envólucro material que põe o espírito em relação com o mundo exterior
- o perispírito, envólucro fluídico, leve, imponderável, que serve de ligação e de intermediário entre os espíritos e o corpo
A doutrina de Kardec está fundamentada essencialmente na existência de uma inteligência superior, Deus, que preside e governa o Universo, à luz dos princípios eternos de Amor e de Justiça. Toda a natureza, animada ou inanimada, tende para Deus através de um contínuo e incessantre processo de evolução. A criatura humana é também submetida a esse princípio. Portanto, o corpo etéreo é idêntico ao material, embora aquele seja constituído de uma matéria extremamente sutil, fluídica e imponderável. É o corpo etéreo que permite a comunicação com aqueles que, por definição, são considerados mortos. É o corpo etéreo que se torna visível nas manifestações dos fantasmas e é também o corpo etéreo que, no corpo do medium e dos participantes das sessões espíritas, permite que se reproduza manifestações, materializações, realizações de fenômenos telecinéticos e muitos outros.
Nas teorias espíritas existem três elementos:
- corpo material
- corpo etéreo
- espírito
À luz das doutrinas de carater “oculto”, o corpo etéreo deve ser considerado como sendo semimaterial e formado por três componentes:
- corpo casual
- corpo mental
- corpo astral
Levando-se em conta essa classificação, pode-se procurar estudar o que acontece quando se produzem fenômenos que devem ser separados em duas espécies:
- os que acontecem entre os vivos
- os que acontecem com os mortos
Quanto aos primeiros, devem ser considerados como “excursões extra-corpóreas do corpo etéreo”. Considerando-se a primeira hipótese, encontramos explicação para fenômenos de bilocação, de clarividência, de telepatias.
Na segunda hipótese, ocorrem fenômenos de relacionamento com os mortos. As manifestações podem assumir três formas características:
- forma telepática, na qual um morto pode se comunicar diretamente com o interessado. tal forma pode se extender ao sonho e às alucinações de caráter telepático
- transe ou incorporação, quando o corpo etéreo do morto tende a se apoderar do corpo físico do medium ou de algum participante da sessão (consciente ou inconscientemente), estabelecendo um estdo de transe, em que o corpo etéreo do morto fala e age através do medium como se fosse através de seu próprio corpo, o que faz com que o medium fale com voz que não é sua, escreva com a caligrafia do morto, pinte com o estilo de quem está incorporando, realize atividades (como por exemplo tocar instrumentos musicais ou operar máquinas) que em estado de vigília jamais seria capaz de realizar, converse em língua estrangeira que é lhe é desconhecida e muitas outras coisas
- ação direta, quando a entidade tira a força do medium e/ou das pessoas participantes da sessão para dar consistência ao próprio corpo etéreo para agir direta e pessoalmente em fenômenos como voz direta, telecinese, levitação e até mesmo materialização com transfiguração e possessão.
O MEDIUM
Sob o termo medium (meio), compreende-se o indivíduo por meio de quem o Espírito pode se manifestar e se comunicar.
Teoricamente pode-se afirmar que a possibilidade de ser medium subsiste em todos os indivíduos vivos, mas parece existir em alguns deles uma certa predisposição.
Sensitivo é o indivíduo que é capaz de sentir a manifestação do perispírito de pessoas ainda vivas, ao passo que o medium está relacionado, também com o perispírto de pessoas já desencarnadas.
Normalmente, o medium age em estado de transe, um sono especial, com completa dessensibilização ou com exclusão progressiva da realidade ou do ambiente que o cerca. Tudo isso ocorre quando o transe é profundo, ele parece adormecido, não tem consciência do que acontece ao seu redor embora represente, ele mesmo, o meio através do qual o fenômeno se produz.
A função do medium é colocar o próprio corpo à disposição das entidades espirituais e contribuir, dando um suporte físico para fenômenos considerados como manifestações dos Espíritos.
TRANSE
A característica do transe é uma semelhança com o sono hipnótico, na realidade ele pode até ser considerado como uma forma de auto-hipnose. Há, contudo uma sutil diferença: no sono hipnótico, uma parte do Ego, é mantida desperta e ativa, enquanto no transe, ela é substituída pelas diferentes personalidades que intrevêm.
A palavra vem do Latim, “transire”, que significa passar. No inglês, “transe” tem o conceito de êxtase.
O transe indica aquele estado especial no qual se encontram os indivíduos dotados de capacidade para realizar manifestações paranormais.
Para atingir o estado de transe, o medium parece sofrer pois é acompanhado de gemidos, lamentos e eventualmente de movimentos bruscos e desconexos que, em certos casos, podem até provocar ferimentos no medium ou em quem esteja muito próximo a ele. No estado de transe há modificação parcial ou completa da personalidade do medium que perde a sua própria e assume a da entidade que está incorporando. Pode haver modificações importantes na respiração e nos batimentos cardíacos, ocorrendo até mesmo processos de anestesia total ou parcial. Podem também ocorrer fenômenos inexplicáveis, como no caso do medium Daniel Douglas Home que, em estado de transe, caiu com o rosto sobre as brasas da lareira e, uma vez levantado e já completamente desperto, não mostrou nem mesmo sinal de queimadura.
O transe é condição indispensável para que o Espírito ou Ser Desencarnado possa entrar em contato com o mundo dos vivos.
Tudo aquilo que o medium realiza durante o transe, será por ele esquecido ao acordar. Ele não tem consciência daquilo que fez ou disse durante sua permanência em transe.
O acordar do estado mediúnico saindo de um transe, pode ser considerado como sendo o acordar de um sono profundo.
SESSÃO MEDIÚNICA
É toda reunião dos participantes de um “círculo” ou “centro” espírita com o objetivo de tentar, através de um medium, um contato com entidades já desencarnadas.
É falso afirmar que existam regras rígidas, fixas e imutáveis para a realização de uma sessão mediúnica. Nem mesmo o número de pessoas é importante pois há relatos, no passado, de mediuns que se exibiam diante de verdadeiras multidões. Contudo, inspirando-se nos ensinamentos iniciáticos do final do século passado, instituiu-se a teoria de que “7 é a base e 9 a perfeição”. Assim, 10 participantes, contando-se com o medium, seria o número máximo, excluindo-se os que apenas estariam presentes para assistir à sessão como se estivessem em uma Missa ou em um espetáculo teatral.
Há alguns fatores que são imprescindíveis. Assim por exemplo, a harmonia e compreensão entre o medium e os participantes e destes entre si. Daí a impossibilidade de se admitir novos participantes com frequência e facilidade.
É aconselhável que todos os participantes tenham poderes mediúnicos e que estejam sempre prontos assumir o papel de medium.
O local da sessão deve ser tranquilo, longe de ruídos, limpo e confortável. Para dar maior respeitabilidade ao ambiente, os grupos de cunho mais teosófico, costumam queimar incenso e ornamentar o local com flores. A finalidade é favorecer a meditação e a concentração do medium e dos participantes da sessão, bem como para forçar os que simplesmente estão ali assistindo, a uma maior elevação espiritual.
Não há uma obrigatoriedade de horário, a sessão podendo ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite. Porém, aconselha-se o horário noturno devido à maior possibilidade de sossego e de concentração.
A sessão mediúnica pode ser considerada como sendo a fusão de duas realidades, uma superior e outra inferior, através do corpo do medium. A mesagem que parte do plano superior – espiritual – é assimilada pelo medium e transformada em comunicação.
Nem todas as sessões têm êxito, independentemente do mérito, da capacidade ou da força do medium e dos participantes. Muitas e muitas vezes, não há qualquer contato com o plano superior. Acontece que, segundo os próprios espíritas, os Espíritos não estão à nossa disposição para responder perguntas ou efetuar prodígios. São seres de uma dimensão diferente da nossa, que podem transpor a relação espaço-tempo e que têm, antes de tudo, missões bem específicas a cumprir quando em contato com os seres humanos.
A CORRENTE MEDIÚNICA
Para se obter bons resultados em uma sessão mediúnica, convencionou-se que os participantes, em geral sentados ao redor do medium, dessem-se as mãos para estabelecer uma sintonia e somar suas energias às do medium.
A ENTIDADE-GUIA
Quase todos os mediuns afirmam ter uma entidade-guia. É uma entidade que desenvolve essa faculdade a mando de uma Ordem Superior. O papel do Espírito-Guia é assistir o medium durante a sessão, controlando-o para evitar-lhe perigos físicos e cansaço. As entidades-guias são intermediárias na produção dos fenômenos espirituais e coordenam a intervenção de outras entidades. Seriam perfeitamente comparadas aos Anjos-da-Guarda.
ESCRITA DIRETA
É uma forma de escrita que se obtém em sessão mediúnica com o uso de um lápis e de uma folha de papel branco. Também pode ser utilizada uma lousa e um giz. A origem deste fenômeno parece estar ligada à capacidade do medium americano, Simmonds, por volta de 1850 ou 1852. A folha de papel em branco deixada juntamente com um lápis sobre a mesa de sua “câmara espiritual”, no final do dia, foi encontrada, na manhã seguinte, com uma longa mensagem.
Uma folha de papel em branco deixada sobre um banco no parque do Petit Trianon, em Versailles, pela baronesa Julia von Guldenstubbe, foi encontrada com a seguinte mensagem: “Não creia na sorte da minha vida: ela foi infeliz tanto no Trianon quanto alhures”. A folha fora deixada sobre o banco enquanto a baronesa, seu irmão e outros amigos, passeavam pelo parque. Não havia mais ninguém ali e a caligrafia da mensagem era a mesma da Rainha Maria Antonieta.
ESCRITA AUTOMÁTICA OU PSICOGRAFIA
É um fenômeno extremamente fácil de se produzir e daí ser a forma mais cômoda de entrar em contato com o mundo dos espíritos.
O primeiro caso de escrita automática foi de uma menina de dois anos de idade, Essie Mott, em 1876, na cidade de Memphis, EUA. Outro, é o caso de um jovem de Boston, de nome james, que era aprendiz de um artesão. Uma das mensagens que ele recebeu foi de “Charles Dickens”, e a escrita automática era a continuação do conto “O mistério de Edwin Droods”. O escritor deixara esta obra inacabada quando morreu em 1870.
Examinando-se uma escrita psicografada, observa-se a modificação da personalidade de quem escreve e a diversidade da caligrafia. O conjunto revela uma pessoa diferente do medium.
Para obter este fenômeno, os mediuns mantêm-se em estado de semi-vigília e deve-se pensar que o fenômeno se manifesta como uma espécie de “possessão”.
A MESA
Simbologia ligada ao “tripode” das pitonisas e dos oráculos, serve como elemento de concentração e permite maior facilidade na produção de fenômenos mediúnicos.
A VOZ DIRETA
Um fato a ser levado em conta é que a voz apresenta todas as características de uma voz natural, com os tons agudos e graves e com as modulações que lhe são próprias. O fenômeno da “voz direta”, desde a sua primeira notícia, sempre causou muita perplexidade até mesmo entre os defensores do espiritismo diante de uma dúvida de mistificação arquirtetada pelo medium ou por um colaborador ventríloquo. É certo que o fenômeno existe e é autêntico. Há, por exemplo o caso do medium Mummings, cuja voz era tão autêntica que fazia latir o cão, convencido da presença de seu antigo dono.
O mais antigo registro que se tem notícia de “voz direta”, data de 1323, em Alais, onde um certo Guy de Tour se manifestou à própria esposa pouco tempo depois de falecer. Houve vários testemunhos, inclusive do prior da aldeia. Guy forneceu diversos elementos que possibilitaram a sua identificação e pediu orações em seu sufrágio.
A “voz direta” poderia erroneamente ser relacionada com as “vozes do espaço” ou as “vozes do além”.
A primeira experiência concreta a esse respeito deve ser atribuída a Friedrich Jurgenson, que ao escutar uma gravação do canto de alguns pássaros, percebeu que havia superposição de sons, quase ruídos de fundo. Durante a repetição, conseguiu reconhecer palavras e a voz de sua mãe, já falecida.
O doutor Giuseppe Crosa, enquanto ouvia a gravação de uma conferência, percebeu em superposição, uma melodia indiana cantada por uma clara e límpida voz feminina.
O monge beneditino Dom Pellegrino Ernetti, considera essas vozes como reminiscências de épocas passadas mas ainda presentes e flutuantes no espaço. Mas não devem ser consideradas como “vozes diretas”. A “voz direta” é um discurso lógico e sequencial, trata-se pois de uma conversa entre vivos e mortos, com mesagens, perguntas e respostas, explicações e tudo o mais, o que não ocorre com as chamadas “vozes do além”.
O ECTOPLASMA E SUAS MANIFESTAÇÕES
Aquela substância que sai do medium em transe é capaz de assumir diferentes formas e variável consistência.
Foi o alquimista inglês Thomas Vaughan, por volta de 1650, que dela forneceu uma primeira imagem, considerando-a como “a matéria prima retirada do corpo de um ser vivo”.
Foi definida pelos estudiosos como “substância” ou “teleplasma”, mas nunca se pode obter considerações mais rigorosas, uma vez que não foi possível analisá-la por completo.
O ectoplasma é o elemento indispensável para a produção de materializações. Podemos considerar a materialização sob a seguinte definição:
Materialização é o fenômeno parafísico de teleplastia através de um processo de condensação ectoplásmica. Para o espiritismo é a manifestação material de uma pessoa em um lugar em que está fisicamente ausente.
Em geral a materialização tem caráter tridimensional e, no caso de figura humana, está sempre vestida e envolta em véus. A respeito das vestimentas destas criaturas que assumem um aspecto material e sólido mas que se desvanecem dissolvendo-se em nada, surgiram diferentes opiniões. Aqueles que assistiram e puderam verificar tocando nelas, afirmam tratar-se de tecido autêntico. Contudo há outros que consideram muito difícil que o espírito se materialize a ponto de assumir a forma de fibras animais ou vegetais.
O processo de desmaterialização consiste simplesmente na desagregação da matéria.
Houve experiências durante as quais os assistentes puderam ver o corpo do medium se tornar transparente.
O que ocorre, tanto na materialização quanto na desmaterialização, é a passagem da matéria – do corpo do medium e dos participantes – para uma dimensão diferente e vice-versa. Haveria uma parte importante da matéria corporal do medium e dos participantes que se transformaria em energia para possibilitar a materialização da entidade.
OS TRANSPORTES
São fenômenos muito frequentes em sessões mediúnicas. Consistem, na maioria das vezes, na transposição de objetos sólidos através de portas ou paredes. Para a ocorrência desse fenômeno é necessária a presença de um medium em estado de transe.
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