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Especial Religião – O Cristianismo

Segundo a tradição, JESUS CRISTO, aos 30 anos, um judeu da Galiléia, nascido quando Roma dominava a Palestina e Augusto era o imperador, reuniu os discípulos e apóstolos e começou anunciar a boa nova, a edição do Evangelho (em grego) e a instauração do reinado de Deus sobre o mundo, a partir de Israel. Considerado blasfemo, foi submetido a um processo religioso e acusado de conspirar contra César. Foi crucificado quando Tibério era o imperador de Roma e Pôncio Pilatos o procurador da Judéia. Cinqüenta dias após sua morte, durante a festa de Pentecostes, os discípulos anunciaram que ele ressuscitara e os enviara a pregar por todo o mundo a boa nova da salvação e do perdão dos pecados. Esse foi considerado o início da difusão do Cristianismo.

Em meados do século XX Michael Schmaus, um teólogo suíço, escreveu um livro em cujo primeiro parágrafo colocava muito bem o problema que está na origem desta página. Na abertura de sua obra M. Schmaus dizia algo semelhante ao que se segue: O que vem a ser o Cristianismo? O que ele quer? Quais os serviços que ele presta
à humanidade?

A impressão que geralmente se tem, é que até hoje não há explicação sucinta sobre essas questões. A razão de ser deste paradoxo não consiste na obscuridadedo que chamamos de Cristianismo, mas é antes uma consequência da plenitude da complexidade de sua essência e estrutura. O espírito humano não foi ainda  capaz de compreender, em uma só intuição, a totalidade de sua constituição.

Aquele autor foi feliz ao ter dito estas coisas sobre o Cristianismo, porque há muitas pessoas que se encontram diante desse tema exatamente na posição que ele escreve. Tentam compreender o que Jesus veio trazer à humanidade e, mesmo depois de terem lido o Evangelho muitas vezes, confessam estarem ainda diante da mesma pergunta inicial: O que vem a ser isto?” “O que realmente ele pretende?” Todas as tentativas de encaixarem o texto do Evangelho dentro de seus quadros mentais, se revelam insatisfatórios. O Evangelho, percebem essas pessoas, é algo mais, que eles ainda não entenderam perfeitamente.

Julgam mesmo, alguns, que além do próprio Cristo e dos seus primeiros apóstolos, nunca mais ninguém soube explicar de modo definitivo o que é o Cristianismo. Mas, se têm a disposição de aceitá-lo por fé e colocá-lo sinceramente em prática com o desejo de vivê-lo profundamente, logo depois de algum tempo descobrirão estarem na presença de alguma coisa que está além de tudo quanto poderiam ter imaginado e que, mesmo assim, ainda agora, seu próprio pensamento não consegue alcançar.

Vamos tentar, por isso mesmo, nos concentrar, apenas, à tradição que espelha o aparecimento do cristianismo.

A doutrina cristã professa que o Deus revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas, enviaria à Terra seu filho como o messias salvador. Ele nasceu numa família comum, morreu, ressuscitou e enviou o espírito santificador (Espírito Santo) para permanecer no mundo até o fim dos tempos. A mensagem cristã se baseia no anúncio da ressurreição de Cristo, na garantia de que a salvação é oferecida a todos os homens de todos os tempos e na mensagem da fraternidade, à semelhança do amor que o próprio Deus dedica a todos os homens. Os apóstolos Simão Pedro, André, Tiago (filho de Alfeu), Judas Tadeu, Simão Cananeu e Judas Iscariotes (depois substituído por Matias), foram os discípulos escolhidos pelo próprio Jesus para divulgar o evangelho pelo mundo. Os discípulos espalharam-se pelas regiões do Mediterrâneo, inclusive Roma, e fundaram várias comunidades.

O Cristianismo Ortodoxo, menos rígido nas formulações dogmáticas, embora valorize a liturgia, não aceita uma centralização excessiva e é mais flexível na concepção da estrutura hierárquica da igreja. É, porém, menos aberto ao diálogo com a filosofia e com as ciências e mais rigoroso nas exigências morais. Já o Cristianismo Ocidental, desenvolve-se em torno de Roma, reivindica o título de católico e o primado sobre as outras sedes do cristianismo, argumentando a primazia de Pedro no grupo dos apóstolos.

Atualmente há cerca de 120 cardeais no mundo inteiro, e João Paulo II, o primeiro Papa não-italiano desde o século XVI, é o 262º sucessor de Pedro, apóstolo e primeiro Papa.

No século XVI, surgiu entre os católicos um movimento que reivindicava a reaproximação da igreja do espírito do cristianismo primitivo. A resistência da hierarquia da Igreja levou os reformadores a constituírem confissões independentes. As igrejas nascidas da Reforma reúnem cerca de 450 milhões de fiéis em todo o mundo. Os pontos centrais da doutrina de Martinho Lutero são a justificação de Deus só pela fé e o acesso ao sacerdócio para todos os fiéis. Calvino acrescenta a doutrina da predestinação dos fiéis. As diferenças doutrinais entre os dois, dão origem a duas grandes correntes: os luteranos e os calvinistas. As igrejas Católica e Anglicana são semelhantes quanto à profissão de fé, a liturgia e os sacramentos, mas a igreja episcopal não reconhece a autoridade do Papa e admite mulheres como sacerdotes.

Finalmente, em 1906, surge o Pentecostalismo no interior das igrejas reformadas dos EUA e difunde-se rapidamente pelos países do Terceiro Mundo. As igrejas pentecostais são as que mais crescem na América Latina. Dão ênfase à pregação do Evangelho, às orações coletivas, feitas em voz alta por todos os fiéis; aos rituais de exorcismo e de curas, realizados em grandes concentrações públicas. A seita mais difundida no Brasil é a Igreja Universal do Reino de Deus.

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